Alvo de muitas polêmicas, o valor do salário mínimo fixado pelo governo federal no final de 2010 ainda pode ser alterado. Antes de deixar o cargo, o ex-presidente Lula assinou medida provisória que fixava o piso nacional em R$ 540 a partir deste ano. Entretanto, o movimento sindical não concordou com o reajuste real equivalente a 0% e articula o valor de R$ 580.
E os sindicalistas ganharam dois aliados nessa batalha: o PMDB e o PDT. O primeiro, insatisfeito com a distribuição de cargos no segundo escalão do governo Dilma, resolveu aderir aos que pedem aumento do mínimo para R$ 560. Já o segundo, encabeçado pelo presidente da Força Sindical Paulo Pereira da Silva, anunciou que só apoiará o candidato petista para o comando da Câmara caso o governo aumento o valor anunciado anteriormente.
A equipe da presidente Dilma Rousseff já deu sinais de que irá negociar um novo valor. O cálculo do mínimo é feito com base no INPC do período mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Em 2011, esse acréscimo não existiu porque o PIB de 2009 encolheu 0,6%. O movimento sindical argumenta, entretanto, que essa fórmula seria feita para calcular um aumento mínimo aos trabalhadores, mas que o valor sempre pode ser maior do que o resultado desta conta.
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