O Sintetel convoca todos os trabalhadores da EMBRATEL, Via EMBRATEL e Prymesis no estado São Paulo para as assembleias para discussão e votação da proposta da empresa para o Acordo Coletivo 2010/2011, a ser realizada nos próximo dia 01/12/10.
Os horários e locais das assembléias serão os seguintes:
• Prédio Ingleses dia 01/12 às 10h no 14º andar
• Prédio Lapa dia 01/12 às 14h
• Prédio Morumbi dia 01/12 às 16h
Não houve mudanças em relação à proposta da EMBRATEL já divulgada pelo sindicato e pela empresa. Portanto, não vamos aqui repetir todos os itens da proposta, mas sim recolocar algumas avaliações que precisam ser feitas por todos os empregados antes de decidir:
1 - Os trabalhadores da EMBRATEL desde o início da campanha deixaram claro que o mais importante este ano era ter um ganho real nos salários e benefícios. Isto foi apontado com ênfase nas pesquisas e votado nas assembleias dos sindicatos no Brasil. A correção pela inflação – 5% no período de dezembro/2009-outubro/2010 - não representa ganho, pois é apenas a atualização do valor real do salário. O “ganho real” apresentado pela EMBRATEL, de 0,2% acima da inflação, chega a parecer brincadeira - significa R$ 2,00 em cada R$ 1.000,00 de salário. No tíquete o “ganho” é de 3 centavos por dia e na cesta básica de 29 centavos por mês, o que certamente não muda a vida de ninguém.
Com a diferenciação por faixas, já abolida por algumas operadoras, e por funções, parte dos empregados terá uma redução real de salários, pois sequer o índice da inflação será aplicado.
2 - Ter ganho real no Acordo não significa nenhuma excepcionalidade. Segundo o DIEESE, a grande maioria dos acordos salariais realizados no primeiro semestre de 2010 teve reajuste acima da inflação. 80 % deles tiveram ganhos acima de 2%. Além disto, a EMBRATEL vem apresentado nos últimos anos resultados positivos e crescentes nos principais indicadores – receita líquida, EBITDA e lucro líquido – além de ter chegado a um milhão de novos assinantes na Via EMBRATEL e a um milhão de novos clientes na portabilidade.
Como já divulgamos antes, para pagar o “ganho real” de 0,2% a EMBRATEL não está gastando nem 0,18% do lucro líquido alcançado até setembro deste ano (R$ 854 milhões).
Se considerarmos que este lucro deve superar um bilhão de reais até o final de 2010, este percentual seria ainda menor. Para cobrir o aumento do ticket para R$ 19,00 e a cesta básica para R$ 190,00, a empresa gastaria cerca de 1,1% deste mesmo lucro líquido. Fica claro que o problema não é de falta de recursos, mas sim de falta de compromisso da empresa em repartir seu lucro com os empregados, na verdade os grandes responsáveis por todos estes resultados.
3 – Este ano as promoções praticamente não existiram. A empresa terceirizou alguns setores para reduzir despesas, com em TI, e os trabalhadores perderam a TELOS, o auxílio-creche e não tiveram aumento. Além disso, com a mudança de data-base o reajuste deste ano se refere a 11 meses e não a 12 como nos anteriores, ou seja, um período menor de inflação, o que deveria facilitar as concessões aos empregados. Com tudo isto a EMBRATEL economizou, mas não quer favorecer os empregados;
4 - Este acordo foge também ao padrão dos últimos anos, nos quais além do reajuste pela inflação tivemos também ganhos adicionais como o aumento de quase 10% do ticket em 2006, pagamento de ticket adicional e cesta básica nas férias (2008) e ticket nas férias (2009). Este ano não há nada disto;
5 - A EMBRATEL também não atendeu a vários itens da pauta de reivindicações, sendo que muitos deles não dependiam de concessões econômicas. Foram negados a extensão da licença maternidade para seis meses, o empréstimo de férias, o aumento da gratificação de férias, o auxílio-creche para homens, o auxílio-educação e para medicamentos, a correção dos valores para auxílio de viagens, a garantia de emprego e de não terceirização e até a concessão de descontos para serviços do grupo Telmex;
6 - Por último, sem que isto também seja novidade, a empresa tenta jogar mais uma vez a casca de banana de oferecer antecipações de tudo o que pode – PPR, 13º, “aumento” de R$ 7,75 na cesta básica - para poder atrair os trabalhadores e facilitar a aprovação de uma proposta ruim. Não podemos viver de antecipações de coisas que já são nossas. O que nos interessa é um ganho real para ter bons salários e benefícios, que nos permitam sair do sufoco e parar de depender de cheque especial e de empréstimos.
A decisão agora cabe a todos nós
Convocamos todos a participar das assembléias e a demonstrar a mobilização dos trabalhadores para conseguir vitórias no Acordo.
Como nos anos anteriores, a assembleia terá caráter nacional, o que significa que será realizada simultaneamente em vários estados e o resultado a ser indicado para a empresa será o da soma nacional de votos.
Espaço do Sócio
Convênios
Jurídico
COLÔNIAS
