Aurea Barrence (ao centro), diretora das Relações Sindicais do SINTETEL, faz apresentação sobre a Teleperformance
Cristiane do Nascimento (2ª da esq. para dir.), diretora de Relações Internacionais da FENATTEL, participa da mesa de discussão
As diretoras Aurea Barrence e Cristiane do Nascimento durante a Conferência
-
Aurea Barrence (ao centro), diretora das Relações Sindicais do SINTETEL, faz apresentação sobre a Teleperformance
-
Cristiane do Nascimento (2ª da esq. para dir.), diretora de Relações Internacionais da FENATTEL, participa da mesa de discussão
-
As diretoras Aurea Barrence e Cristiane do Nascimento durante a Conferência
O sindicato UNI Global realizou uma conferência em Antuérpia na Bélgica, no período de 27 a 29 de setembro, com participação de 120 sindicalistas do setor de telecomunicações.
O evento aconteceu no sindicato Belga ACV-PULS. Pela FENATTEL participou Cristiane do Nascimento, diretora de Relações Internacionais e pelo SINTETEL Aurea Barrence, diretora das Relações Sindicais.
Desde a pandemia do Covid-19, a tendência para o trabalho remoto no setor de teleatendimento explodiu. E com ele chegaram novas modificações para o mundo do trabalho.
Entre os temas abordados, os principais foram a utilização da inteligência artificial, a vigilância na casa do trabalhador, o adoecimento mental e físico e a dificuldade dos sindicatos para acessarem o trabalhador remoto.
A UNI encomendou algumas pesquisas e a professora Jimena Botero-Sarassa da Pontifícia Universidad Javeriana em Cali, Colômbia, apresentou os destaques de um relatório que fornece uma visão global do impacto do trabalho remoto por meio da análise de 32 estudos sobre trabalhadores em 29 países. “Encontramos enormes discrepâncias entre as condições de trabalho no escritório e as condições de trabalho em casa. A legislação precisa se atualizar para proteger os trabalhadores remotos”, disse Botero-Sarassa.
A vigilância excessiva, seja no escritório ou dos que trabalham remotamente, é uma marca registrada do setor de Teleatendimento. Além disso, o uso crescente de inteligência artificial está reduzindo os salários.
Barbora Černušáková, que discorreu sobre os direitos digitais dos trabalhadores de Teleatendimento, falou sobre a importância de se ter informações sobre os dados que estão sendo coletados pelas empresas sobre os trabalhadores. É realmente necessário? É proporcional? O que acontece com os dados biométricos coletados sobre as características físicas e a aparência de um trabalhador? Tem o consentimento do trabalhador? Muita inovação que merece a atenção constante do sindicato.
Outro destaque na conferência foi a apresentação dos problemas enfrentados na Teleperformance, maior empresa de teleatendimento do mundo. Vários países apresentaram problemas antissindicais, perseguições, assédios, descontos indevidos, entre outros.
Pudemos observar que no Brasil conquistamos muitos avanços na Teleperformance, mas ainda também temos muitos problemas.
O SINTETEL, por meio da diretora Aurea, fez uma apresentação com os avanços alcançados em acordos coletivos, relatou os problemas diários, entre eles, assédio moral, utilização de câmeras durante o expediente; ameaças de retorno ao presencial como forma de punição; acionamentos fora do horário de trabalho; proibição de utilização do banheiro; desconto salarial pelas interrupções do trabalho (ex: erro sistêmico) e desconto indevido do banco de horas do trabalhador. Enfim, os problemas são semelhantes no mundo todo.
Para finalizar, com todas essas mudanças no mundo do trabalho, o grande desafio para os sindicatos é acessar, organizar e associar os trabalhadores remotos. Utilizar as redes sociais é fundamental para conectar os trabalhadores a entidade que os representa e defende.
Teletrabalhador, não fique só, conecte-se ao SINTETEL.