Na sexta-feira, 11/02, o SINTETEL participou de uma reunião on line organizada pela UNI – Rede Sindical Mundial. O objetivo foi ouvir do SINTETEL e da FENATTEL, por meio dos nossos representantes sindicais da TP, as histórias do cotidiano de trabalho na empresa.
Vale lembrar que a UNI é o Sindicato Global que reúne milhões de trabalhadores ao redor do mundo, ao qual o SINTETEL e a FENATTEL são filiados.
Em abril haverá a reunião mundial dos acionistas da empresa e a UNI quer, antes da reunião, entregar aos acionistas (já todos mapeados) um dossiê contando o que acontece dentro da empresa em nível global.
Entre os problemas relatados que ocorrem aqui em São Paulo, está a pressão e o assédio moral que sofrem os trabalhadores que estão em home office. Para se ter uma ideia, a TP possui uma ferramenta chamada “Sentinel” que tem a função de monitorar o trabalhador em sua casa. Porém, a empresa não deixa claro se ela monitora o empregado fora do horário de serviço.
A empresa exige que os trabalhadores façam curso de ergonomia, porém não disponibiliza o mobiliário correto. Os trabalhadores não têm dinheiro para adquirir os mesmos e acabam por trabalhar em condições inadequadas.
Um absurdo ocorreu durante o auge da pandemia. A empresa ameaçava que quem não batesse as metas teria que retornar imediatamente ao trabalho presencial.
Foram tratadas questões de metas indevidas sem transparência na divulgação das métricas.
Segundo depoimentos, as mudanças de metas ocorrem no decorrer do mês com o claro intuito de que os trabalhadores não atinjam a Remuneração Variável. Isso ocorre principalmente nos finais de ano para que não tirem folgas.
Em complemento, a empresa efetua descontos de atestados na RV o que inibe o trabalhador de apresentar o mesmo.
Existem casos de trabalhadores que têm bloqueio no sistema. Ficam literalmente encostados e sem função. Ficando sem acesso ao holerite e sem ajustes na folha de ponto, o que causa, muitas vezes, pedido de demissão. Tal prática configura assédio moral.
Também foi abordada o problema daqueles trabalhadores que fazem Banco de Horas e não podem tirar na data que querem ou necessitem. A empresa é quem decide quando e se vai tirar em folga. Frequentemente avisam em cima da hora.
Pelo SINTETEL/FENATTEL, participaram os diretores Mauro Cava de Britto, Aurea Barrence e os representantes sindicais Fábio Masselani e Patrícia Figueredo.
Caso você presencie algumas das situações citadas acima, denuncie ao SINTETEL pelo site ou pelas redes sociais!