A direção do SINTETEL se reuniu
on line com representantes da Claro nesta quarta-feira, 21 de julho. O objetivo da reunião era negociar o PPR 2021.
No entanto, não foi isso que ocorreu.
A empresa compareceu à reunião
com uma proposta de PPR pronta. O que era para ser uma negociação foi uma
apresentação. Além da proposta de PPR ser um prato feito, tal prato veio gelado
e indigesto.
Em comparação ao PPR 2020, a nova
proposta precariza os critérios de elegibilidade e com metas muito agressivas.
É uma proposta extremamente prejudicial aos trabalhadores. Não adianta ter 3,6
salários de target se o mesmo é praticamente inatingível.
O SINTETEL recusou prontamente a
proposta apresentada pela Claro. O Sindicato sugeriu que o PPR não seja
dividido em três grupos de trabalhadores como é hoje: corporativo, consumo e
empresarial. Na visão do Sindicato, o PPR deve ser único, envolvendo todos os
trabalhadores sem distinção o que criaria uma sinergia maior entre todos.
A empresa também apresentou mudança
nos critérios de elegibilidade que são:
• proporcionalidade de cargo e
área ao longo do ano e não mais com base na posição de dezembro;
• não pagamento para os pedidos
de desligamentos;
• elegibilidade de 90 dias para
todos os trabalhadores e
• pagamento somente em julho de
2022.
Todos estes itens também foram recusados
pela bancada dos trabalhadores.
O SINTETEL entende que devem ser
mantidos os critérios de elegibilidade do último PPR. Desta forma, o Sindicato
sugeriu uma nova data para reunião e que a empresa faça uma reflexão e uma
revisão tantos nos critérios quanto nas metas.
A empresa concordou com o
agendamento de uma nova reunião e, em breve, divulgaremos uma nova data.
Acordo Coletivo 2021/2022
A direção do SINTETEL reivindicou
o início das negociações do Acordo Coletivo 2021/2023 para o início de agosto.
Porém, a empresa afirmou que consegue iniciar as negociações na segunda
quinzena de agosto, uma vez que ainda está concluindo a análise da Pauta de
Reivindicações.
Vale lembrar que neste ano serão
renovadas tanto as cláusulas econômicas quanto as sociais.
Teletrabalho
A empresa enviou uma minuta querendo
regulamentar o teletrabalho. No entanto, o SINTETEL efetuou vários apontamentos
no documento que deveriam ser revistos e pontuados. Há algumas cláusulas que
apresentam divergência entre as partes. A empresa ficou de responder na próxima
reunião.
A direção do SINTETEL também
demonstrou descontentamento com as posturas de comunicação da empresa em relação
às negociações efetuadas com o Sindicato. A empresa tem adotado um
comportamento oportunista, ao contrário das outras operadoras.
Ao invés de fazer a comunicação simultânea
com o Sindicato, ela se vale do acesso direto aos trabalhadores para antecipar
targets atingidos do PPR como fez no ano passado, divulgar internamente aos
trabalhadores algo que ainda está em negociação com o Sindicato antecipando os
valores a serem recebidos de ajuda de custo, no caso do teletrabalho. E por
final foi o que fez com a implantação do convênio farmácia que é uma antiga
reivindicação do Sindicato e dos trabalhadores.
A Claro divulgou o convênio
farmácia de forma unilateral como se fosse uma iniciativa dela. A empresa reconheceu
os equívocos e afirmou que tem a intenção de melhorar a comunicação para o futuro.
SINTETEL sempre na defesa dos
direitos dos trabalhadores em telecomunicações. Fique sócio do Sindicato!