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SINTETEL defende criação do selo de qualidade para as empresas do setor em live sobre 5G

Com o título, “5G: tecnologia para gerar investimento, emprego e renda”, a live promovida pela Feninfra (Federação patronal) ocorreu no último dia 25/06.

O evento on line contou com a participação de sindicalistas, representantes da Anatel, congressistas e representantes de empresas do setor.

Além de uma definição de prazos para o leilão de 5G, o apontamento de preços e obrigações "claras e factíveis" para a licitação de frequências foi defendido durante a live. 

Também foi levantada a importância da criação de um selo de qualidade às empresas de telecomunicações. O objetivo é assegurar que essas companhias adotem as melhores práticas, qualificação e capacitação para os trabalhadores, e que não utilizem mão de obra precarizada e equipamentos e recursos de origem duvidosa.

Dentre os requisitos para obter o selo, é importante que as empresas: recolham INSS e FGTS na sua integralidade, ofereçam bons salários e benefícios pagos em dia, que recolham tributos ou que estejam renegociando com o governo suas pendências.

"As empresas fantasmas têm de ser banidas, e isso está demorando muito", defendeu a presidente da Feninfra, Vivien Mello Suruagy.

Gilberto Dourado, presidente eleito do SINTETEL e presidente da FENATTEL, destacou que há uma luta nas entidades para tentar coibir, mas que essas empresas estão utilizando táticas para evitar a fiscalização, como atuação em condomínios fechados e, por isso, essa luta incansável para o selo de qualidade.

Ele ressaltou que “como Sindicato, temos boa vontade para ter trabalho de qualidade, para que possamos ter o selo com as empresas que respeitam as leis”.

Vivien ressaltou ainda que as companhias clandestinas, ou "empresas fantasmas", que não têm endereço ou representação para atendimento às organizações clientes, além de serem potencialmente receptadoras de equipamentos roubados.

"Minha maior preocupação são essas empresas fantasmas que estão chegando agora, fornecendo infraestrutura, dizendo que podem bilhetar, mas que não são registradas na Anatel, ninguém as conhece e que eventualmente – e não quero ser leviana – estão ficando com parte do nosso material que está sendo furtado. E isso não podemos permitir", pontua.

Gilberto Dourado defendeu que o 5G tem que atender todas as classes sociais. “Não podemos repetir o que houve na privatização, na qual se priorizou os grandes centros”, conclui.

Quais benefícios o 5G trará ao Brasil?
A nova tecnologia poderá gerar 450 mil novos empregos de início na categoria. Expandindo, com o tempo, para cerca de 1,5 milhão de novos empregos, segundo as entidades patronais.

Vejamos alguns deles:

• Redução do consumo de energia em 90%;
• Possibilidade de baixar filmes em 3 segundos;
• Possibilidade de drones fazerem entregas;
• Identificação facial de criminosos instalada em todas as cidades;
• Ambulâncias e prontuários médicos conectados à segurança pública e o corpo de bombeiros;
• Na agricultura teremos colheitadeiras inteligentes, com drones fazendo previsões climáticas, controle de ervas daninhas e auxiliando a locomoção dentro das fazendas;
• Teremos carros autônomos, que andam sozinhos pelas ruas, sem intervenção do motorista. Isso trará redução de acidentes e mortes;
• A Velocidade de transferência chegará a 1Gbps por segundo.

Capacitação profissional
Essa tecnologia veloz gerará empregos, mas será um desafio, pois haverá a necessidade de capacitação profissional aos trabalhadores do setor.

“Tenho esperança no 5G, pois contribuirá para a educação, saúde e muitas outras áreas. Por isso, precisamos investir em educação profissional, treinamentos sofisticados e capacitação completa mais do nunca. Temos mão de obra o suficiente e não será preciso importar. Lembre-se que já ultrapassamos 14 milhões de desempregados. Essa é uma luta dos brasileiros”, defendeu Gilberto Dourado.