Mauro Cava de Britto, vice-presidente do Sintetel (à direita) em sua fala durante a Conferência
Na última quarta-feira, 16/06, ocorreu o segundo dia da 6ª Conferência Regional da UNI-Américas ICTS (Informação, Comunicação, Tecnologia e Serviços). Por conta da pandemia, o evento totalmente on line.
A conferência contou com a participação de 190 delegados sindicais de países das Américas, que votaram favoráveis ao novo Comitê para os próximos 4 anos.
Os dirigentes do SINTETEL e da FENATTEL representarão o Brasil nos seguintes cargos até 2025:
• Comitê Regional UNI Américas ICTS (Telecom):
Vice-presidente (América do Sul): Gilberto Dourado
Titular: Almir Munhoz
1º Substituto: Mauro Cava de Britto
2º Substituto: Rogério Soares
• Comitê Mundial de ICTS ( Telecom):
Titular (América do Sul): Cristiane do Nascimento
Substituta: Gabriela Machado Cordeiro
Durante o evento, debateu-se a importância de estabelecer parâmetros para o teletrabalho, com mais Acordos Coletivos que contemplem ajuda de custo, jornada de trabalho pré-estabelecida, direito à desconexão e à privacidade. Lembrou-se que o teletrabalho não é apenas uma modalidade trazida pela pandemia, mas uma etapa do mundo do trabalho trazida pela evolução das tecnologias.
“Temos negociado com as empresas Acordos de teletrabalho e conquistamos avanços, inclusive com ajuda de custo. Mas algo nos preocupa como entidade sindical: o futuro do teleatendimento com a evolução da inteligência artificial e do 5G. Há a possibilidade de redução dos postos de trabalho como conhecemos hoje. Por isso, precisamos evoluir nessas discussões para proteger nossos trabalhadores”, defendeu Mauro Cava de Britto, vice-presidente do SINTETEL.
Outro ponto debatido foram os desafios da organização dos call centers nos países participantes da Conferência. Durante a pandemia, o governo brasileiro colocou o teleatendimento como serviço essencial, mas não acatou, até o momento, os pedidos do Sintetel para priorização desses trabalhadores na vacinação.
Em sua fala, o vice-presidente do SINTETEL reforçou que a triste marca de 500 mil mortos por Covid no Brasil se deve à negligência governamental! Ainda assim, lembrou que tivemos sorte de não termos surtos nos call centers. Nossos dirigentes, durante a pandemia, também salientaram a importância dos protocolos de saúde contra a Covid nas empresas e estão atentos a todo tipo de denúncia por parte dos trabalhadores.
O diretor regional da Uni Américas, André Rodrigues, encerrou o evento agradecendo a participação de todos e todas e pontuou que haverá desafios para os sindicalistas nos próximos anos.
“O mundo do trabalho que se aproxima mostra que precisamos nos preparar. Temos que ser vanguarda nas transformações das estruturas, com acordos firmados, para não sermos reféns apenas de decisões governamentais. Seguiremos rompendo barreiras”, reforçou André.
O SINTETEL está atento às mudanças, se preparando para enfrentar o futuro do mundo do trabalho, a começar por parcerias com cursos técnicos para formação dos trabalhadores. Seguimos na luta contra as precarizações, principalmente nas prestadoras de serviço e no teleatendimento.