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Dia Nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

Hoje, 18 de maio, é o Dia Nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. 

Esta data tem como objetivo conscientizar a população quanto ao nosso papel na vigilância e combate ao abuso sexual e, também, garantir que a proteção infantil seja prioridade absoluta de políticas públicas.

A cada hora, 3 crianças ou adolescentes são vítimas de violência sexual. 51% das crianças sexualmente abusadas têm de 1 a 5 anos (dados de 2018 do Ministério da Saúde). 

A violência sexual contra meninos e meninas ainda é um tema delicado em nossa sociedade e precisa de visibilidade para poder ser enfrentada. 

Na maioria dos casos de abuso sexual infantil, o abusador é alguém que a criança conhece e convive. Infelizmente, pode ser um membro da família e pessoas próximas.

A informação é uma das principais ferramentas de prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes. Por isso, pais e responsáveis, é extremante importante o diálogo com filhos e filhas.  

As crianças precisam saber nomear corretamente as partes do corpo e identificar o que é íntimo, sabendo que ninguém poderá tocar nessas regiões e nem vê-las. Assim, elas estarão atentas quando algo fora do comum ocorrer. 


Isolamento social e a liberdade na internet

O isolamento social, decorrente da pandemia de Covid-19, alterou a rotina familiar e ampliou o uso de plataformas online por meninos e meninas. A internet abriu muitas oportunidades para educação, entretenimento e comunicação, mas também gerou os chamados crimes cibernéticos.

O uso da internet por crianças traz riscos se não houver uma supervisão adequada. Um levantamento da Europol (agência de inteligência da Europa) de abril de 2020 mostra um aumento da atividade online de quem busca material para abuso sexual infantil. Os agressores sexuais estão se aproveitando da crescente exposição das crianças à web.

As vítimas de violência sexual podem ser coagidas a enviar imagens e vídeos. Há casos em que adultos fazem contato casual com crianças e adolescentes, por redes sociais ou games, ganham sua confiança e iniciam as conversas sexuais. Há relatos de casos em que adultos oferecem dinheiro ou recompensas em games em troca de fotos íntimas.


Como evitar a exposição infanto-juvenil na internet?

Algumas ferramentas podem ajudar as famílias na negociação dos limites do uso de internet. A Safernet Brasil listou alguns recursos que podem ser avaliados de acordo com a faixa etária da criança. O “modo restrito” do YouTube é uma configuração que ajuda a excluir conteúdo possivelmente ofensivo e o YouTube Kids é mais indicado e seguro para crianças.

O aplicativo Family Link, criado pelo Google, permite estabelecer regras digitais. Em algumas plataformas é possível escolher quais aplicativos, recursos e conteúdos um perfil restrito pode acessar.
Confira as ferramentas que podem ajudar pais e responsáveis nessa missão: https://new.safernet.org.br/content/mais-tempo-line-mais-mediacao-parental

O FBI (polícia federal dos EUA) emitiu recomendações aos pais e responsáveis para promover a educação e impedir que crianças e adolescentes se tornem vítimas de violência virtual:

- Fale sobre segurança na internet com crianças e adolescentes quando elas se envolverem em atividades online;

- Avalie e aprove jogos e aplicativos antes de serem baixados;

- Verifique se as configurações de privacidade estão definidas no nível mais alto para sistemas de jogos e dispositivos eletrônicos;

- Monitore o uso da internet e mantenha os dispositivos eletrônicos em local de fácil acesso dos responsáveis.

- Explique que imagens compartilhadas ou postadas online ficarão permanentemente na internet.


Disque denúncia

Se você suspeitar ou presenciar alguma situação de violência – seja física, sexual, psicológica ou negligência – pode denunciar ao Dique 100. Este é o número da Secretaria de Direitos Humanos que recebe denúncias e encaminha o assunto aos órgãos competentes no município de origem da criança ou do adolescente. A ligação é gratuita, anônima e pode ser feita em qualquer horário, de qualquer parte do Brasil.



Texto com informações da childhood.org.br