Mariângela (de rosa) é a atual secretária da Mulher e mediou a live
O Dia Internacional da Mulher deste ano foi eternizado pela live da Secretaria da Mulher do Sintetel.
Ontem, 8 de março, a live contou com a participação de muitas companheiras que fizeram parte e muitas que ainda atuam no Sintetel. Alguns companheiros também prestigiaram a live.
Na abertura do evento, tivemos as falas de todas as diretoras do Sindicato, do presidente Almir Munhoz, e do presidente eleito para o próximo mandato Gilberto Dourado. Nessa introdução, ressaltaram a importância da luta feminina frente a tantas tentativas de calarem as mulheres.
Uma das diretoras que estiveram mais tempo à frente da Secretaria da Mulher, Cenise Monteiro, deu sua contribuição resgatando toda a trajetória essencial da Secretaria. Cenise levou ânimo para as atuais e as futuras gerações continuarem a luta pelos direitos das mulheres. A Secretaria da Mulher do Sintetel teve início nos anos de 1990.
As palestrantes também deram importantes contribuições ao debate.
A jornalista e coordenadora do Centro de Memória Sindical, Carolina Maria Ruy, relembrou as perdas de direitos ao longo da história brasileira e como isso atinge de forma brutal mulheres, negros e a comunidade LGBTQIA+. “A luta da mulher é essencial para avançar nos direitos”, defendeu Carolina.
Ela lembrou, ainda, com carinho de cada responsável por nossa Secretaria e a história do Sintetel quando, há 9 anos, participou da pesquisa de fotos e memórias da luta feminina para o livro dos 70 anos de Sintetel, com título “Uma história com muitas histórias”.
Com as políticas neoliberais e reformas que estão acabando com nossos direitos, os pesquisadores começaram a apostar que o sindicalismo de movimento social seria a salvação para os trabalhadores.
“Ao pesquisar sobre isso, percebi que é exatamente o que nós, mulheres, fazemos há anos. Ou seja, a organização feminina aumenta a agenda de demandas por justiça, pois o feminismo une, nesse mundo polarizado, todas as tribos em busca de melhores condições”, defendeu Deise Recoaro, doutoranda em Relações do Trabalho e militante da AMB (Articulação de Mulheres Brasileiras).
A violência sofrida em casa é uma pauta política, a misoginia sofrida no trabalho é algo político. Na vida das mulheres, tudo é sobre política. De acordo com Deise, no ambiente sindical é a mesma regra, pois, assim que as mulheres entram para o sindicalismo, chegam com sede de lutar por direitos femininos essenciais.
“O sindicato é o espaço privilegiado em que a mulher conquistou e consegue lutar. Por isso, muitas mulheres estão no movimento sindical e são relevantes para nossa história”.