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5G: mais velocidade de internet e avanços tecnológicos

Você já deve ter ouvido falar na tecnologia 5G que revolucionará os meios de comunicações. 

Aqui no Brasil ainda estamos no início de um longo processo que começará com o leilão da estrutura, previsto para acontecer no primeiro semestre de 2021.


Mas o que é o 5G?
Em telecomunicações, o 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga, que as empresas de telefonia celular começaram a implantar em todo o mundo após o fim de 2018. 

É a tecnologia sucessora das redes 4G, que fornecem conectividade para a maioria dos celulares atualmente.


E o que o 5G nos trará de benefícios?
Em princípio, a nova tecnologia poderá gerar cerca de 1,5 milhão de novos empregos, segundo as entidades patronais.

A presidente da Feninfra (Federação Nac. de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecom e Informática), Vivien Mello Suruagy, destacou diversos pontos positivos com a adoção do 5G. 

Vejamos alguns deles:

• Redução do consumo de energia em 90%;
• Possibilidade de baixar filmes em 3 segundos;
• Possibilidade de drones fazerem entregas;
• Identificação facial de criminosos instalada em todas as cidades;
• Ambulâncias e prontuários médicos conectados à segurança pública e o corpo de bombeiros;
• Na agricultura teremos colheitadeiras inteligentes, com drones fazendo previsões climáticas, controle de ervas daninhas e auxiliando a locomoção dentro das fazendas;
• Teremos carros autônomos, que andam sozinhos pelas ruas, sem intervenção do motorista. Isso trará redução de acidentes e mortes;
• A Velocidade de transferência chegará a 1Gbps por segundo.


O que falta para iniciar a implantação do 5G?
Primeiramente, será preciso unificar as leis e regras municipais das antenas. Hoje no Brasil temos mais de 300 leis diferentes que regulam a instalação.

A burocracia impõe uma série de exigências desnecessárias que atrasam o processo de instalação. Temos, em nosso país, cerca de 7 mil pedidos de instalação de antenas parados.

Para que o 4G funcione de maneira razoável seria necessária uma antena para 1.000 habitantes. Porém, em alguns bairros de São Paulo, chegam ao número de 18 mil habitantes por antena. Ou seja, as antenas estão saturadas.

Precisaríamos ter de cinco a seis vezes mais antenas do que temos hoje.
A China, por exemplo, possui 180 milhões de pessoas conectadas em 700 mil antenas.


Combatendo a desinformação
Ainda há grande desinformação, que também acaba atrasando o processo.

A introdução do 5G começou a trazer outras preocupações que vão muito além da qualidade da conexão. 

Afinal de contas, as ondas de rádio que servem como base para a conectividade 5G são prejudiciais para a saúde dos seres vivos?
 
Não faltam temores de que esses danos sejam reais, e, inclusive, eles chegaram a motivar um projeto de lei em Santa Catarina que impediria a implementação das novas redes no estado.

A justificativa do projeto de lei se baseia, no entanto, em um boato infundado. Em 2018, surgiram rumores de que centenas de pássaros haviam morrido em um parque em Haia, na Holanda, após supostos testes com redes 5G na região. 

No entanto, no momento da morte dos pássaros, não havia qualquer teste acontecendo na região, e o site Snopes, especializado em refutar boatos, concluiu que as mortes, apesar de não terem uma explicação clara, não foram fruto de testes com 5G. 

A explicação é simples: o único teste com 5G realizado na região havia sido em junho de 2018, enquanto as mortes aconteceram em novembro do ano seguinte.

De acordo com o site Olhar Digital, especializado em tecnologia, o que é real é que esse tipo de morte em massa de pássaros não é tão incomum quanto parece. Tanto é que, em 2011, a Associated Press chegou a publicar uma matéria relatando que esses tipos de eventos se tornaram mais notáveis, mas não por acontecerem com mais frequência. 

O que acontece é que, com a popularização dos celulares, esses fatos acabam registrados e publicados em redes sociais, ampliando consideravelmente o seu alcance, mas não há evidências de que ondas de rádio tenham efeitos letais sobre as aves.

Até hoje não há estudos que concluam de forma categórica que ondas celulares causem problemas de saúde aos humanos. 

O que há é o contrário: em 2014, a OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou um artigo no qual reafirma que não foram encontradas evidências claras de que a radiofrequência ligada à telefonia celular cause efeitos negativos à saúde. Isso vale tanto para os efeitos de curto prazo quanto de longo prazo.

Sendo assim, vamos aguardar os próximos capítulos desta longa novela que será a implantação do 5G no Brasil.


Esta é a primeira parte de uma matéria em que abordaremos a tecnologia 5G. 

Fiquem ligados que no próximo texto traremos as visões e opiniões do SINTETEL.