Bancada sindical (à esq) negocia com os dirigentes da VIVO
A VIVO começou mal as negociações para a renovação do Acordo Coletivo 2019/2020. Ela não quer dar reajuste salarial na data-base, mas quer cobrar mensalidade do plano de saúde a partir de setembro, ou seja, vai reduzir o seu salário a partir desta data.
Veja a proposta indecente que a VIVO teve a cara de pau de apresentar na reunião ocorrida em 07/08:
- Reajuste salarial: 2% somente em agosto/2020;
- Abono: 24% do salário limitado a R$ 960, ou seja, aqueles que ganham acima de R$ 4 mil serão prejudicados.
- Reajuste de benefícios: 2% somente em maio/2020, exceto locação e cesta básica;
- Cesta básica: acabar com o benefício e incorporar 50% do valor no salário em jan/2020;
- VA/VR: fornecer somente em dias trabalhados, ou seja, não haverá mais o benefício nas férias, faltas e afastamento;
- Banco de Horas: ampliar de 90 para 180 dias;
- Plano médico: mensalmente descontar 1,5% do salário a partir de setembro/2019 e elevar para 2% em janeiro/2020.
RESUMINDO: a VIVO propõe reduzir seu salário a partir de setembro com o desconto do plano médico. Quer também precarizar VA/VR, cesta básica e banco de horas. E conceder o reajuste abaixo da inflação somente em agosto/2020.
É um absurdo que a maior operadora em telecomunicações do Brasil com excelentes resultados divulgados, queira prejudicar seus trabalhadores que são os grandes responsáveis pelo seu sucesso.
A empresa adota dois discursos um para o mercado, de euforia, de resultados excelentes e outro na mesa de negociação, de depressão, de dificuldades, e não atingimento de metas. Ou seja, a VIVO tem que assumir qual é a sua identidade.
Os dirigentes do SINTETEL recusaram imediatamente essa proposta indecente e reforçaram a importância de discutir a Pauta de Reivindicações aprovada pelos trabalhadores.
Chega de enrolação. Queremos negociar o Acordo Coletivo no mês da data-base, que é setembro. Próxima reunião em 21/08/19.