João Guilherme Vargas Netto, Consultor Sindical - 30/01/2020
Em um país novo como o Brasil há poucas instituições centenárias de vida permanente.
As Câmaras Municipais, a Igreja Católica, os Correios, a Casa da Moeda, o Banco do Brasil, o próprio país independente, a fábrica de cachaça Ypioca, a República, o Partido Comunista (98 anos).
Os metalúrgicos da Grande Curitiba, audaciosamente incorporando na história do sindicato todas as organizações de profissão que o precederam ao longo dos anos, comemoraram no dia 28 de janeiro o centenário de sua entidade, um século de lutas.
O marco inicial foi a Liga Internacionalista de Fundidores fundada em 1920 após a greve geral de 1917 em Curitiba com a indústria ainda fraca e incipiente e os metalúrgicos imigrantes suíços e alemães (a empresa em que trabalhavam existe até hoje).
Durante a comemoração foram homenageados antigos dirigentes e ativistas e seus familiares, ex-funcionários, diretores de futebol, mulheres representativas e os chamados “mentores”, aqueles que, mesmo não sendo metalúrgicos, contribuíram com o sindicato em suas áreas específicas de atuação e de excelência: o advogado dr. Iracy, o médico do trabalho dr. Zuher, o jornalista Sergio Gomes, a socióloga Marise Egger e eu mesmo. A homenagem me surpreendeu e sensibilizou.
Inúmeros dirigentes sindicais de outras categorias estiveram presentes, alguns dos quais confirmaram para os metalúrgicos sua admiração por eles e por seu exemplo, ressaltando o papel desempenhado pelo presidente Sergio Butka. Representações patronais de peso fizeram questão de se manifestar em respeito ao sindicato, à sua história e às lutas comuns pelo desenvolvimento econômico do país e do Paraná.
Foi uma noite inesquecível que confirmou o compromisso do sindicato com as lutas dos metalúrgicos, dos trabalhadores e aposentados e demonstrou que, diferentemente das pessoas individuais, uma instituição, como um jequitibá centenário, pode estar em pleno vigor mesmo aos 100 anos.
Comunicado
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