Notícias

FILTRAR:

Negócio de celulares coloca Oi e BrT em ranking global

A Oi (ex-Telemar) e a Brasil Telecom (BrT), em processo de consolidação, estão entre as dez empresas que mais aumentaram os resultados operacionais de suas unidades de telefonia móvel no primeiro trimestre. A conclusão faz parte de um estudo da consultoria americana Strategy Analytics. A BrT foi a segunda colocada no levantamento, que inclui o desempenho de operadoras do mundo todo. A Oi ficou em sexto lugar. A lista é encabeçada pela empresa de celular que o grupo espanhol Telefónica tem no México - país de sua rival Telmex/América Móvil. A unidade de telefonia móvel da BrT registrou alta de 234% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (lajida) nos três primeiros meses deste ano, em relação a igual período de 2007. O número absoluto, contudo, é pequeno: ficou em R$ 14,7 milhões. Na Oi, a operação de celulares registrou lajida 108% maior no primeiro trimestre, para R$ 382 milhões. O desempenho das áreas de telefonia móvel contribuiu significativamente para melhorar o resultado consolidado dessas companhias, incluindo também suas atividades em telefonia fixa e banda larga. A Oi fez proposta de R$ 5,86 bilhões para adquirir o controle acionário da BrT, negócio que ainda depende de mudança nas regras do setor de telecomunicações para seguir adiante. Dois fatores comuns a essas empresas ajudam a explicar a melhora no lajida. Um deles é a "idade" das divisões de telefonia móvel da Oi e da BrT, que estão entre mais jovens do mercado brasileiro. Após alguns anos no vermelho, elas conseguiram equilibrar receitas e despesas e, agora, estão em fase de expansão. Isso não quer dizer que já são altamente rentáveis. Outro motivo foi a decisão das teles de reduzir o subsídio à venda de celulares. No ano passado, a Oi resolveu que não mais concederia benefícios para incentivar a venda de aparelhos pré-pagos - passaria a vender apenas o chip dos telefones. A medida teve efeito relevante no primeiro trimestre frente ao mesmo período de 2007, quando ainda não estava em vigor. A BrT reduziu em 20,6% as despesas com aparelhos e campanhas para atrair novos assinantes de celular. Porém, há um aspecto negativo: parte da queda deveu-se ao fato de que a companhia atraiu menos clientes de planos pós-pagos, que costumam ser mais rentáveis. Os percentuais levados em conta pela Strategy Analytics correspondem à variação do lajida na moeda de cada operadora. Se, de um lado, esse critério permite analisar cada empresa em seu contexto local, de outro torna menos significativas as comparações entre as operadoras de países diferentes. O levantamento considerou o desempenho de 151 operadoras, que representam 80% dos assinantes de celular no mundo todo. Fonte: Valor Econômico

TAGS