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Dilma promete espaço a sindicalistas na próxima cúpula do BRICS

O III Fórum Brics Sindical, composto pelas principais centrais sindicais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi realizado na última terça-feira, 15, em Fortaleza. O evento teve como principal destaque a formulação de um documento que pede ao bloco multilateral mais compromisso com os trabalhadores das nações representadas.

“Trabalhar com base nas normas e princípios da Organização Internacional do Trabalho (OIT) na promoção do Trabalho Decente, buscando garantir um piso de proteção social universal e promover a transição do trabalho na economia informal para a formal” são ítens do documento aprovado.

As centrais querem participação ativa no BRICS. Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, o bloco precisa de defensores dos direitos dos trabalhadores e não apenas dos empresários. "O BRICS é um importante bloco na política e na economia internacional. Seu peso econômico é inegável, a participação no PIB equivale à União Europeia. Por essa razão é também importante que os trabalhadores possuam o mesmo grau de participação”.

Patah observou ainda que é importante mudar a realidade em que os trabalhadores estão submetidos. “Diante da informalidade, da precariedade e da má distribuição de renda, consequências do neoliberalismo na atividade econômica nos países dos Brics, torna-se mais do que necessária a unidade do bloco, para que não venha a converter-se em algo meramente aduaneiro ou mercantilista como se viu reduzido o Mercosul”.

No primeiro dia da 6ª cúpula anual do bloco multilateral, que ocorre durante essa semana, a presidente Dilma Rousseff afirmou aos sindicalistas que haverá mudanças. “Na próxima reunião, acho que já dá para vocês participarem. Assumo com vocês esse compromisso. É questão de simetria. Se os empresários podem fazer o seu fórum, que ocorre em paralelo à reunião dos Brics e apresentar propostas, os trabalhadores também têm esse direito."