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Intransigência da Claro suspende negociações

Enquanto a Claro dedica milhões de reais às ações de patrocínio para vender a imagem de compromisso com a cultura e lazer, com incentivo ao Rock in Rio 2011, ao Domingão do Faustão e até a clubes de futebol do Rio Grande do Sul, internamente faz economia e se recusa a negociar com os trabalhadores na renovação do Acordo Coletivo.


A empresa superou todas suas metas e nos últimos dez anos acumulou um crescimento patrimonial consolidado, valorizando o patrimônio e seus indicadores corporativos. Isso quer dizer que controladores e acionistas mexicanos tiveram aumento real consolidado enquanto a empresa mal aceita repor a inflação do ano para seus funcionários.


Após a segunda rodada de negociações, os trabalhadores - representados pela Comissão Nacional de Negociação da Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações) e pelos Sindicatos do setor, entre eles o Sintetel-SP - formalizaram uma contraproposta que exige:


• Correção salarial linear e igual para todos empregados;
• Unificação dos Pisos salariais em todo país;
• Aumento Real de Salários de 10%;
• Unificação das regras do reembolso creche para filhos de empregados até 7 anos de idade;
• Auxilio Farmácia conforme pauta de reivindicações;
• Licença Maternidade de 180 dias;
• Correção e unificação dos valores do Vale Refeição;
• Cesta de Natal;
• PCS – Plano de Cargos e Salários;
• Subsídio Educação;


A empresa, em vez de analisar e responder, simplesmente encerra o processo de negociação. Isso pode ser visto como uma ação de cartel entre as empresas do setor de celulares, uma vez que as datas-base das concorrentes acontecem um mês depois e, com o aumento do INPC acumulado, a Claro espera o que a concorrência irá fazer.


Isso seria evitado, se as empresas já tivessem unificado a data-base (reivindicação do movimento sindical do setor). Os trabalhadores da Claro não podem pagar a conta dos interesses de mercado  das empresas do segmento.

Diante disso, os Sindicatos iniciam um processo de mobilização em todo país, com panfletagens unificadas, denúncias à opinião pública por meio da imprensa e convocação da empresa para Mesas Redondas nas SRTs. Tudo isso será acompanhado de pedidos de fiscalização com a presença dos dirigentes sindicais para apuração de irregularidades trabalhistas, (INSS-FGTS-escalas de horários-contratação de terceirzados em atividades fim), em todos os estados com a presença da coordenação da Comissão de Negociação Nacional.

AUMENTO REAL JÁ e VAMOS Á LUTA!

 

José Luiz P. Jorge é jornalista e assessor da Fenattel.

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