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Fenattel e Sintetel repudiam proposta de extinção do Ministério do Trabalho

A Fenattel, entidade nacional que congrega 16 sindicatos, entre eles o Sintetel representando 650 mil trabalhadores no setor de telecomunicações no País, repudia a proposta de eventual extinção do Ministério do Trabalho e Emprego verbalizada pelo presidente eleito.

Trata-se de uma demonstração de desinformação a respeito de questões que se relacionam a uma agenda positiva entre Capital, Trabalho e Estado. O Ministério do Trabalho está em vias de completar 88 anos e faz parte da história desta República.

O MTE participa dos fóruns tripartites da OIT (Organização Internacional do Trabalho/ONU) nos quais os países civilizados, seus empresários e os trabalhadores debatem e formulam propostas de modernização eficiente das relações e estabelecem marcos mínimos de dignidade do trabalho.

O Ministério também é responsável pela fiscalização do cumprimento de leis, Convenções e pelo respeito a condições elementares em que o trabalho é realizado, como por exemplo, no combate ao trabalho análogo à escravidão, infelizmente ainda hoje praticado em diferentes pontos do país.

O Ministério debate e apresenta soluções para questões relativas às políticas de emprego e renda, relaciona-se a partir da sua especialização com o Congresso Nacional e com entidades patronais e profissionais, como o fez com excelentes resultados quando mantinha as Câmaras Setoriais de cada cadeia produtiva.

Não aceitamos atos unilaterais do futuro chefe do Executivo, porque não é tradição da democracia que temas que envolvem setores produtivos sejam tratados unilateralmente.

Rejeitamos de pronto, declarações como as do Sr. Onyx Lorenzoni de que “se dependesse das centrais sindicais o Sr. Jair Bolsonaro” não teria sido eleito! Não se trata de Ministério das Centrais Sindicais, isso é uma absurda desinformação ou má fé. Não se começa bem um governo, baseado em frases feitas e vinganças pessoais, se essa for a lógica, os 50 milhões de brasileiros residentes na região Nordeste, estarão condenados ao abandono e ao desamparo do Estado. Isso NÃO É PILAR REPUBLICANO.

QUE O SR. futuro presidente, OUÇA AS ENTIDADES REPRESENTATIVAS DOS SETORES ECONÔMICOS E PROFISSIONAIS antes de proferir propostas das quais se arrependerá depois. A economia e as relações de Estados são globalizadas, goste ou não dessa realidade, e a ausência do Brasil dos fóruns da OIT ensejará vetos, retaliações econômicas a produtos nacionais e prejuízos à economia e ao mercado interno de trabalho!