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FENATTEL e SINTETEL participam da Conferência Mundial de Telecom na África do Sul

De 15 a 17 de abril, na Cidade do Cabo, África do Sul, ocorreu a Conferência Mundial UNI ICTS (telecom), na qual reuniu 218 dirigentes sindicais, de 76 sindicatos, de 49 países, sendo 88 mulheres e 130 homens, para discutir os principais temas que envolvem os trabalhadores de telecomunicações no mundo.

Representando o SINTETEL estava o presidente da entidade, Gilberto Dourado.  Pela FENATTEL participaram a Relações Internacionais, Cristiane do Nascimento, o secretário Geral, Rogério Soares; a diretora de Organização da Juventude, Gabriela Cordeiro; e os companheiros do SINTTEL-GO, Alessandro Torres da Mota, Divino Alfredo da Silva Santos e Fagner Tavares de Almeida.

Muitas empresas de telecom são multinacionais, atuam em vários países e muitas se destacam pela quantidade de trabalhadores, como Teleperformance, que é a maior empresa de teleatendimento do mundo, com mais de 500 mil trabalhadores. E a segunda maior, com mais de 400 mil trabalhadores, é a Concentrix.

Para garantir o direito ao acordo coletivo, a sindicalização e o respeito aos direitos humanos, o sindicato Global UNI fechou um acordo global com a Teleperformance que está contribuindo para organização dos trabalhadores em vários países. Próximo objetivo é fazer o mesmo com a Concentrix.

“Nosso setor de telecom está se modificando constantemente, principalmente com a utilização da Inteligência Artificial. Muitos empregos estão acabando e outros surgindo. O grande desafio é fazer essa transição e preparar os trabalhadores para as novas competências. Entendemos que tal mudança também deve ser uma responsabilidade dos empregadores. E esse trabalho pode ser feito de forma conjunta com os sindicatos e trabalhadores”, afirma Gilberto Dourado.

As empresas utilizam cada vez mais a tecnologia, inteligência artificial, algoritmos nas tarefas do dia a dia, mas é necessário ter um código de ética, para garantir as privacidades de dados, a segurança do trabalhador, não utilização para vigilância, pressão e punição de trabalhadores.

Lembrando que são seres humanos que programam as máquinas, por isso podemos utilizar a tecnologia para proteger os trabalhadores, garantir a saúde e segurança, trabalhos e equipamentos adequados, eliminar metas abusivas, bem como garantir um local de trabalho saudável.

Saúde e segurança nos locais de trabalho é uma preocupação mundial. O adoecimento e morte da categoria em seu local de trabalho são inadmissíveis e temos que combater.

“Os assédios atacam a saúde mental dos trabalhadores, principalmente das mulheres, causando depressão, estresse e pânico. Esse é o mal do século que precisa ser combatido. Local livre de assédio e violência é um direito humano e as empresas precisam garantir essa segurança”, afirma Cristiane do Nascimento.

No encerramento do evento a opinião dos presentes foi unânime com relação à importância do intercâmbio de informações e a união de forças para lutar mundialmente pelos direitos, saúde e segurança dos trabalhadores.